No mundo digital, bilhões de dados são compartilhados diariamente. Por exemplo, são mais de 147 mil fotos postadas no Facebook, mais de 347 mil stories postados no Instagram, mais de 208 mil participantes em alguma reunião no Zoom e mais de um milhão de gastos em compras online, tudo isso, em um único minuto.
Mas o que isso tem a ver com a importância da Ciência de Dados no desenvolvimento de cidades inteligentes?
De acordo com o matemático londrino Clive Humby "o recurso mais valioso do mundo não é mais o petróleo, mas sim dados". Essa frase foi publicada pelo famoso "The Economist" em 2017 e ganhou os holofotes na época. Afinal de contas, os dados viabilizam o conhecimento mais individualizado e coletivo de comportamentos.
Mas da onde surgem esses dados?
Redes de Wi-Fi, semáforos inteligentes, telefones celulares e aplicativos em geral são alguns exemplos.
E como traduzir esses dados para o desenvolvimento de cidades inteligentes?
A China é um bom exemplo do uso de ciência de dados. A ciência e a tecnologia são vistas como vitais para a realização da coesão econômica e dos objetivos políticos do país.
A república popular da China possui a estratégia de inteligência artificial mais ambiciosa de todas as nações e fornece o maior número de recursos em todo o mundo para sua implementação, tornando-se da 1ª líder mundial de IA em 2021, segundo a Forbes.
Em 2020 a China aprimorou uma pesquisa para entender a dinâmica da atividade humana através das mídias sociais e dados de infraestrutura urbana. As descobertas indicaram que tanto a proteção ambiental quanto o desenvolvimento econômico são importantes para realizar uma urbanização abrangente no país.
Uma tendência muito importante que também atua através do uso da ciência de dados é o "Gêmeo Digital". Uma tecnologia que tem como finalidade representar, de forma digital, um processo, objeto ou mecanismo que já existe no mundo real, reduzindo o custo dos projetos de informação urbana e sua manutenção.
Embora falar de ciência de dados no desenvolvimento de cidades inteligentes pareça ser algo futurístico, na verdade, já se trata de uma realidade.
São cidades construídas do zero, planejadas pelo mundo afora, mirando um futuro sustentável e inovador.
City Center, Las Vegas – Estados Unidos
O City Center, localizado em Las Vegas nos Estados Unidos, tem previsão de entrega para 2029 e é o maior empreendimento privado do país, contemplando novos hotéis e empresas para a revitalização da cidade.
Konza – Quênia
O Konza, no Quênia tem previsão de entrega para 2030 e é pensada para atrair empresas de inovação e tecnologia para renovar a economia do país.
Masdar – Emirados Árabes
Masdar, nos Emirados Árabes, é uma parceria entre o governo de Abu Dhabi e empresas privadas. Tem como propósito ser uma cidade que não irá produzir lixo, nem emitir gases de efeito estufa.
Lavasa – Índia
Lavasa, na Índia, está prevista para 2035. É um investimento pessoal do industrial Ajit Gulabchand, inspirada na cidade italiana de Portofino e deverá abrigar 300.000 pessoas.
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