Onde estarão as novas oportunidades do pós-crise? Essa é a pergunta que o histórico de retração que a economia já viveu responde para quem é investidor.
O Brasil atravessou diversos momentos frágeis e teve que se adequar a diferentes períodos da economia global. Em 2008, a crise imobiliária dos Estados Unidos repercutiu de maneira negativa em todo o mundo, porém, foi justamente neste pós-crise que o mercado brasileiro começou a emitir sinais de prosperidade. Conforme o levantamento mundial realizado em 54 países pelo BID – entidade que atua como o “banco central dos bancos centrais” –, a valorização imobiliária no Brasil foi de 121% nos cinco anos consecutivos ao período de 2008.
No cenário nacional, o mercado de imóveis vinha passando por uma melhora após alguns anos de crise, especialmente entre 2014 e 2015. Alterações no crédito imobiliário, diminuição de juros e a perspectiva de desenvolvimento estavam colaborando para o que, finalmente, em 2019 houvesse uma temporada positiva, sobretudo no que diz respeito à venda de imóveis.
Diferentemente de outros mercados, o momento pós-crise do setor imobiliário se comporta de forma muito distinta: com poucos empreendimentos sendo lançados por conta da retração geral, o setor acaba criando uma demanda reprimida.
Ou seja, independentemente da pressão que o mercado geral atravesse por um período, o momento de retomada econômica tende a favorecer os investidores do mercado de imóveis. Na prática, isso acontece porque, por mais longo que este tempo acabe sendo, sempre haverá procura por imóveis, seja para uso residencial ou comercial.
Um exemplo que reforça como o mercado geral sofre muito mais do que o imobiliário nos períodos de retração foi o impacto sobre o CDI em 2015, em que a variação da SELIC fez com que o rendimento das aplicações neste tipo de título ficasse reprimido no momento em que o mercado foi reaquecido. Ou seja, o investidor recebeu poucos dividendos oriundos da aplicação nestes papéis. Por outro lado, logo após a retomada econômica, a oferta de imóveis tende a ser menor do que a procura – o que costuma gerar bons negócios para quem investiu no setor.
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