Com 29 unidades conveniadas, o serviço da Secretaria Municipal de Assistência Social oferece vagas para pessoas com deficiência múltipla, intelectual, física, visual e auditiva. As atividades desenvolvidas nos núcleos têm como objetivo estimular a convivência familiar e comunitária, oferecendo apoio e informação.
As unidades possuem capacidade para atender 2.382 pessoas e são divididas em Núcleos de Apoio à Inclusão Social para Pessoas com Deficiência, destinado a crianças de zero a seis anos de idade, e Núcleos de Apoio à Inclusão Social para Pessoas com Deficiência II e III, que atendem respectivamente as faixas etárias de7 a 14 anos e de 15 anos até a idade adulta. Para utilizar o serviço, o munícipe pode pedir encaminhamento e orientações no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo de sua residência ou procurar diretamente um dos núcleos.
A inclusão social é promovida por meio de atividades de convívio, de potencialização da capacidade de comunicação e de orientação para tarefas da vida diária e prática. Nos grupos infantis até seis anos, os encontros oferecem estimulação psicossocial centrada no lúdico. As reuniões acontecem até duas vezes por semana, com duração de duas horas, e reúnem cinco crianças e seus familiares ou responsáveis. A partir dos sete anos, o atendimento é diário, em turnos de quatro horas. O objetivo destas turmas é o desenvolvimento de habilidades, hábitos e atitudes, favorecendo a maior autonomia possível.
"Eu ofereço desafios e eles dão respostas. Trabalhamos dificuldades com a auto-estima, os cuidados de beleza, educação sexual, entrada no mercado de trabalho e as tarefas de casa", explica a educadora Neuza Basto, 66 anos, que atua no Centro Social Nossa Senhora da Penha (Cenha), um dos serviços conveniados. Há 25 anos na instituição, a profissional conta que por meio de oficinas de artesanato desenvolve-se a autonomia, o cuidado, a capacidade para resolução de problemas, o respeito pelo outro, além do preparo para o mundo do trabalho. Os participantes do núcleo produzem diversos tipos de trabalhos manuais como pintura de tecido, bijuteria, cadernos decorados ou bordado em fita.
O Cenha existe há 46 anos e atende por meio do Núcleo de Apoio à Inclusão Social pessoas acima de 7 anos com deficiência intelectual. Entre os espaços disponíveis para atividades estão brinquedoteca, a sala de computação com equipamentos pedagógicos especializados, televisor com home theater, e mini padaria artesanal. O centro promove ainda diversos eventos e festas, um convite para a integração e a colaboração da comunidade.
"Já conseguimos colocar mais de 30 jovens no mercado de trabalho, principalmente em redes de lanchonetes e supermercados", conta Rosa Martins, diretora técnica da entidade, 77 anos. Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o centro também oferece para pessoas com deficiência intelectual aulas profissionalizantes de entalhe em madeira, modelagem e torneamento mecânico cerâmico, lapidação manual de pedras preciosas e serigrafia.
O desenvolvimento de cada um dos atendidos é acompanhado pelos profissionais do centro, que indicam as atividades mais adequadas para cada caso. Familiares e estabelecimentos de ensino frequentados pelos usuários também recebem orientações para a inclusão. Além das 120 vagas para atividades nos Núcleos, o Cenha ainda oferece em suas instalações serviços de enriquecimento curricular equoterapia, musicoterapia, hidroterapia, fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, psicopedagogia, assistência social e fonoaudiologia.
Os endereços dos núcleos podem ser consultados no Guia de Encaminhamento para Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, disponível na página eletrônica da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.